2006/08/23

HAPPY PARABÉNS!!!!




O meu aniversario down under!!!

Eis uma comemoraçao original para mim! Como o mar e' uma parte crucial da vivencia autraliana, resolvi passar o dia 20 como um verdadeiro local: a surfar!

Fiz-me acompanhar do Joel Ruiz, um colega da Nucha, filho de uma peruana e um frances, chegado do Mexico para fazer o MBA e, claro, para surfar!! A melhor forma de perceber quem e' o novato e' pelo bronzeado (ou melhor, a falta dele!).

As ondas estavam pequenas, mas deu para me divertir 'a grande! Incluindo claro as cambalhotas, levar com a prancha em cima, cair da prancha de vez em quando, fazer figura de toto' ao tentar por-me em pe' na prancha ao apanhar as ondas, remar ate' nao poder mais... Enfim, um dia perfeito!! A Nucha tambe'm aproveitou para apanhar um bocado de sol, para variar dos dias de estudo. Está quase no fim do 1º periodo, vai ser a doer ate´a 2ª semana de Setembro, que e' de descanso.

Estamos a entrar na primavera, e a praia de Manly (30 minutos de ferry) estava como num dia de verao no algarve! Cheia de gente a tomar banhos de sol e mar, familias a passear a pe, de bicicleta, de skate, de prancha! Havia no mar pelo menos 3 escolas de surf em accao e pelo menos quatro tipos diferentes de pranchas de surf, o que demonstra o quao aficionados sao! A ultima foto e de outra altura, mas da para ver como eles gostam do ar livre e do desporto - num dia da semana a noite, todos no paredao a correr e a andar!

Depois do surf e de um almoco cheio de maresia, voltamos vagarosamente para a nossa casinha. O dia acabou com amigos e familia a desejar um feliz aniversario a distancia - que bela maneira de acabar o dia!

O culminar foi mesmo com o afilhado Guga e o tio De' a cantarem-me os parabens pela web cam. O melhor presente!!!

2006/08/19

Conversas com desconhecidos

A proposito da foto 1 do post anterior...

No capitulo 4 do livro “Na terra dos cangurus”, Bill Bryson escreve sobre a inspiradora visao matinal de Circular Quay (o terminal dos ferries). A vista a que o escritor se refere e identica a da foto 1 no post anterior e diz ele que alguem que vai para o trabalho num barco que parece ter saido de um livro de historias para criancas e todas as manhas atravessa aquele sublime plano de agua avistando a Opera House e a Harbour Bridge, so pode ser uma pessoa feliz. O autor esta mais que certo!

A travessia de ferry, com a visao da ponte e da opera a partir do barco, e tao bela e fascinante que influencia o estado de espirito das pessoas. Mesmo depois de ja a ter visto algumas vezes nao consigo evitar ficar com “aquela cara estupida de sorriso deslumbrado” e talvez seja por isso as pessoas acabam meter conversa comigo: “e de facto uma ponte muito bonita” ou “uma vista deslumbante”. O ambiente e propicio a que desconhecidos troquem impressoes e os Australianos nao se coibem.
Nos minutos seguintes trocamos elogios a vista, a cidade, a luminosidade dos dias de primavera. Respondo a perguntas sobre de de onde venho, ha quanto tempo ca estou e recebo dicas de locais a visitar e coisas para ver ou fazer. Quando, 10 minutos depois, chegamos a Circular Quay despedimo-nos com um sorriso e um sincero “tenha um muito bom dia” e cada um segue o seu caminho. E la vou eu com a certeza de que acabei de experimentar mais um daqueles momentos unicos e "insignificantes” da vida.

2006/08/07

Sydney Harbour





Por mais voltas que se dêem, não há como negar: é acima de tudo no porto de Sydney que se encontra a alma da cidade!

O chamado porto estende-se na realidade por 20 km para o interior, constituindo a foz do rio Paramatta. A sua margem é bastante recortada por penínsulas e ilhotas de arenito, onde o "bush" e eucaliptal prolifera e, claro, as casas que aproveitam avidamente qualquer palmo de vista sobre a água (como a nossa - não, brincas!)

E é provavelmente este um dos factores do sucesso do povoamento desta zona nas últimas dezenas de milhares de anos! As tribos arborígines (estamos no território dos Eora) encontrariam aqui peixe com fartura, abrigo, facilidade de navegação, e mais tarde os colonos ingleses aproveitavam-se destas características impares (juntamente com mais uns milhares de árvores para abater e fabricar os seus barcos) para criarem ao longo deste plano de água as duas primeiras cidades do país: Sydney e Paramatta.

O centro da cidade tem os pés na água, dividindo-se entre a margem norte e sul com a magnífica "harbour brigde" a ligar as duas margens, desde 1932 com as suas elegantes 53.000 toneladas de aço! Pode-se atravessar a ponte a pé e de bicicleta em duas passagens isoladas do trânsito, que estão inclusivamente vigiadas de noite.

Durante a noite, a cidade e o porto ganham uma vida muito especial, pelo sedutor jogo de luzes e reflexos ondulantes!

E, claro, tanta água só pode resultar numa abundância de barcos! Os ferrys são um importante transporte público (podemos ir para o centro de ferry), mas acima de tudo o recreio ocupa-se de encher o porto de pessoal! Seja nos barcos de turistas em jantares de luxo ou em manobras alucinantes em barcos a jacto, é acima de tudo nos barcos à vela que se encontra uma das imagens de marca da cidade! E se se tiver a sorte de passar um dia solarengo num veleiro à saída do porto, tanto melhor! E melhor do que um dia, são muitos mais!! (Assim espero...)